Alberto Toshio Murakami costuma observar que é nos vilarejos menos explorados da Itália que o viajante encontra a essência mais genuína do país. Longe das multidões de grandes centros turísticos, essas pequenas localidades preservam costumes, ritmos e paisagens que parecem resistir ao tempo, oferecendo experiências mais intimistas e autênticas.
Civita di Bagnoregio: a cidade que flutua no tempo
Civita di Bagnoregio, localizada na região do Lácio, é frequentemente chamada de “a cidade que morre”, devido à erosão que a cerca. Ainda assim, o vilarejo segue encantando visitantes com suas ruas de pedra, casas antigas e atmosfera quase suspensa. O acesso por uma longa passarela reforça a sensação de estar entrando em outro tempo, onde o silêncio e a paisagem dominam a experiência.
Alberobello: arquitetura única no sul da Itália
No sul do país, Alberobello se destaca por suas construções em formato de trulli, casas brancas com telhados cônicos que não se encontram em nenhum outro lugar do mundo. Caminhar por suas ruas é mergulhar em uma identidade regional muito bem preservada. Conforme destaca Alberto Toshio Murakami, vilarejos como Alberobello mostram como a arquitetura também é uma forma de expressão cultural profundamente ligada à história local.

Castelluccio di Norcia: natureza e simplicidade
Situado nos Apeninos, Castelluccio di Norcia é conhecido por suas paisagens abertas e pela floração que transforma os campos em verdadeiros mosaicos naturais. Além da beleza visual, o vilarejo mantém um estilo de vida simples, baseado na agricultura e na convivência comunitária. É um destino ideal para quem busca tranquilidade e contato direto com a natureza.
Portofino: charme discreto à beira-mar
Embora esteja em uma região famosa, Portofino preserva um ar de exclusividade serena. Pequeno e elegante, o vilarejo combina casas coloridas, porto tranquilo e trilhas com vistas para o mar. Diferentemente de grandes cidades costeiras, Portofino convida o visitante a desacelerar e observar o cotidiano local com mais atenção.
Ravello: contemplação na Costa Amalfitana
Localizada acima do nível do mar, Ravello oferece vistas amplas da Costa Amalfitana e um ambiente mais calmo do que cidades vizinhas. Jardins históricos, vilas antigas e uma forte ligação com a música e as artes fazem parte da identidade do lugar. Segundo Alberto Toshio Murakami, Ravello é um exemplo de como pequenos vilarejos conseguem unir paisagem, cultura e silêncio de forma harmoniosa.
O valor dos destinos fora do óbvio
Explorar vilarejos italianos pouco conhecidos permite compreender melhor a diversidade regional do país. Cada localidade guarda tradições próprias, sabores específicos e uma relação mais próxima entre moradores e visitantes. Para Alberto Toshio Murakami, esse tipo de viagem transforma o turismo em vivência cultural, revelando uma Itália mais humana, charmosa e memorável.
Autor: Turgueniev Rurik

