Empréstimos em alta ou baixa? Entenda o papel do banco central na economia
Como destaca Otávio Oscar Fakhoury, empresário e investidor brasileiro especializado em economia e finanças, a política monetária do Banco Central é fundamental para a economia, influenciando o custo do crédito e o acesso ao financiamento. A taxa básica de juros, conhecida como Selic, atua como principal instrumento dessa política, com impacto direto na vida de cidadãos e empresas.
Veja a seguir como a política monetária do Banco Central e suas taxas de juros afetam o crédito no Brasil, e as implicações dessas mudanças para a economia e os consumidores.
Como a taxa de juros do Banco Central afeta o crédito?
Segundo Otávio Oscar Fakhoury, a taxa de juros Selic, definida pelo Banco Central, é o principal instrumento para controlar a inflação e regular a economia. Quando o Banco Central aumenta a Selic, o custo do crédito sobe, o que torna os empréstimos mais caros. Isso ocorre porque os bancos repassam essa alta para os consumidores, impactando tanto indivíduos quanto empresas.
A redução da taxa de juros torna o crédito mais acessível e barato, incentivando o consumo e os investimentos. Isso favorece tanto as pessoas quanto as empresas, que passam a tomar mais empréstimos. Em uma economia como a do Brasil, onde o crédito é fundamental, a Selic impacta diretamente as decisões financeiras. Assim, a queda na taxa impulsiona a atividade econômica.
Qual o impacto do crédito mais caro para as famílias e empresas?
Quando o Banco Central aumenta as taxas de juros, o impacto é imediato para as famílias e empresas, pois o custo do crédito sobe. Para as famílias, isso pode significar um aumento no valor das parcelas de financiamentos, como os de carro e casa, além de um encarecimento de outras dívidas, como o crédito rotativo do cartão de crédito. Esse aumento nas despesas pode reduzir o poder de compra das pessoas, uma vez que uma parte maior de sua renda será comprometida com os juros.
Para as empresas, um crédito mais caro pode significar uma diminuição na capacidade de investimento, uma vez que o financiamento de novos projetos ou a aquisição de insumos se torna mais oneroso. Além disso, com a elevação das taxas de juros, os consumidores tendem a reduzir seus gastos, o que pode afetar negativamente o faturamento das empresas e sua capacidade de crescer.
Em um cenário de crédito mais caro, tanto as famílias quanto as empresas podem adotar estratégias de contenção de gastos e redução de endividamento. Conforme evidencia o empresário Otávio Oscar Fakhoury, isso pode levar a uma desaceleração na economia, já que o consumo e o investimento são fundamentais para o crescimento econômico. O impacto do crédito mais caro, portanto, se reflete na redução da atividade econômica.
Como a política monetária pode estimular ou frear a economia?
De acordo com o investidor brasileiro especializado em economia e finanças Otávio Oscar Fakhoury, a política monetária do Banco Central é uma ferramenta poderosa para controlar a inflação e estimular ou frear a economia, dependendo da situação econômica do país. Quando a economia está aquecida, com risco de inflação elevada, o Banco Central pode aumentar a taxa de juros para desestimular o consumo e o crédito.
Por outro lado, em períodos de baixo crescimento econômico ou recessão, o Banco Central pode optar por reduzir as taxas de juros para incentivar o consumo e o investimento. Em um cenário de juros mais baixos, as pessoas são mais propensas a tomar empréstimos, o que pode impulsionar a demanda e, por consequência, a produção e o emprego. Esse tipo de estímulo é importante para retomar o crescimento econômico em tempos difíceis.