Segundo o especialista Pablo Said, a pandemia de COVID-19 trouxe desafios inesperados para diversas indústrias, e o mercado imobiliário não foi uma exceção. Com a crise sanitária e as medidas de distanciamento social, muitos consumidores passaram a repensar suas necessidades e prioridades em relação à moradia. Agora, no pós-pandemia, o mercado está se reconfigurando, com mudanças significativas nas demandas e comportamentos dos consumidores.
Abaixo, exploraremos como esses fatores estão moldando o setor imobiliário e quais são as principais tendências a serem observadas.
Como a busca por espaços maiores tem impactado a demanda por imóveis?
Durante a pandemia, muitas pessoas passaram a passar mais tempo em casa, o que aumentou a demanda por espaços maiores e mais confortáveis. Para quem vivia em apartamentos pequenos, a falta de um escritório ou área de lazer tornou-se um desafio. Como resultado, muitas famílias estão migrando para imóveis mais amplos, especialmente em regiões periféricas, onde os preços são mais acessíveis. Assim, essa tendência está diretamente relacionada ao crescimento do trabalho remoto e à busca por mais privacidade.
Além disso, a mudança no estilo de vida também está refletindo uma procura maior por imóveis com áreas externas, como jardins ou varandas. Pablo Said explica que esses espaços tornaram-se essenciais para quem procura um refúgio em meio ao caos urbano. O mercado, por sua vez, está cada vez mais atento a essas necessidades, com um aumento na oferta de imóveis que atendem a essas novas exigências dos consumidores.
O home office veio para ficar? Como isso impacta o mercado imobiliário?
O home office, adotado por muitas empresas durante a pandemia, se consolidou como uma nova realidade para diversos trabalhadores. A flexibilidade de trabalhar de casa fez com que muitos profissionais reconsiderassem suas opções habitacionais, dando preferência a locais com infraestrutura adequada para home office. Pablo Said destaca que, em resposta a essa tendência, muitos imóveis estão sendo projetados ou adaptados para incluir espaços dedicados ao trabalho, como escritórios em casa.

O conceito de “work-life balance” também tem ganhado cada vez mais importância, e isso também influencia as escolhas imobiliárias. O consumidor agora busca imóveis que ofereçam uma separação clara entre o ambiente de trabalho e o espaço de lazer, resultando em uma maior valorização de plantas que contemplem esse equilíbrio. O home office, portanto, representa uma mudança estrutural no mercado, não apenas nas preferências dos consumidores, mas também na forma como as construtoras projetam seus imóveis.
Quais mudanças no comportamento do consumidor podem ser observadas no pós-pandemia?
O comportamento do consumidor no setor imobiliário também passou por transformações importantes. Se antes a localização de um imóvel era um dos principais critérios de decisão, hoje outros fatores, como a qualidade de vida e o acesso a áreas de lazer, estão ganhando relevância. Pablo Said pontua que o medo de aglomerações e o desejo de um ambiente mais seguro impulsionaram o interesse por bairros mais tranquilos e com infraestrutura de serviços mais próxima, mas longe da agitação dos centros urbanos.
Do mesmo modo, a pandemia acelerou o uso de tecnologias no processo de compra e venda de imóveis. Plataformas digitais, visitas virtuais e processos de assinatura de contratos online se tornaram comuns, e o consumidor passou a exigir mais agilidade e transparência nas transações. Essa mudança de comportamento sinaliza que o mercado imobiliário precisa estar cada vez mais digitalizado para atender às expectativas do novo perfil de comprador, que prioriza praticidade e conveniência.
O mercado imobiliário em transformação
Em resumo, o especialista Pablo Said frisa que o mercado imobiliário pós-pandemia está em transformação, com mudanças nas preferências e nas demandas por novos tipos de imóveis. Portanto, a busca por espaços maiores, o crescimento do home office e a mudança de comportamento indicam que o setor precisará se adaptar. Sendo assim, empresas que compreenderem essas tendências estarão mais preparadas para prosperar no futuro.
Autor: Turgueniev Rurik