Como menciona o empresário e fundador Aldo Vendramin, o Brasil é uma potência quando o assunto é o agronegócio, e dentro desse universo, um segmento tem se destacado tanto pela tradição quanto pelo potencial financeiro: o mercado de cavalos de elite. O agronegócio equestre é um exemplo claro de como paixão, genética e estratégia podem se transformar em investimento sólido e sustentável.
Os cavalos de elite são mais do que símbolos de elegância e desempenho, são ativos que movimentam bilhões, geram empregos e impulsionam o desenvolvimento regional em todo o país.
Venha neste artigo compreender como funciona esse mercado e qual tem sido sua importância dentro da economia e para o investimento da área dos animais.
Um mercado que cresce com inteligência e tradição
De acordo com estudos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o complexo do agronegócio do cavalo movimenta cerca de R$ 30 bilhões por ano e emprega diretamente mais de 600 mil pessoas. O setor envolve criação, leilões, eventos, reprodução, nutrição, equipamentos e turismo rural, com crescimento contínuo impulsionado pela profissionalização dos criadores e pela digitalização dos negócios.

Como explica o senhor Aldo Vendramin, esse avanço reflete um novo perfil de empreendedor rural, aquele que alia tradição familiar à gestão técnica e ao uso de tecnologias modernas. O resultado é um mercado mais competitivo, transparente e integrado à economia global.
O cavalo como ativo e patrimônio rural
Nos últimos anos, os cavalos de elite se consolidaram como investimentos de alto valor agregado. Raças como o Cavalo Crioulo, o Quarto de Milha, o Mangalarga Marchador e o Puro Sangue Lusitano têm atraído investidores interessados tanto no retorno financeiro quanto no prestígio cultural, estes investidores procuram essas raças para esportes, criação, auxilio nas fazendas e até por serem apaixonados pela raça e pelo cavalo.
O valor de um animal premiado pode superar o de veículos de luxo, e ainda gerar ganhos recorrentes com reprodução, coberturas e descendência genética, junto a isso, os leilões e competições proporcionam visibilidade e agregam valor ao nome do criatório, transformando o cavalo em marca e legado familiar. Segundo Aldo Vendramin, o cavalo é um ativo que carrega história, emoção e rentabilidade, ele representa o equilíbrio entre tradição e negócio.
Genética e tecnologia impulsionando resultados
A biotecnologia revolucionou a forma de criar cavalos no Brasil, com o uso de técnicas como transferência de embriões, inseminação artificial e análise genética permitindo reproduzir linhagens premiadas com eficiência e precisão. Essa evolução aumentou o valor dos animais e expandiu as possibilidades de investimento, tornando o mercado mais dinâmico e acessível a novos criadores.
O uso de ferramentas digitais também ganhou espaço, e hoje, plataformas especializadas em leilões virtuais e aplicativos de rastreabilidade garantem transparência e segurança nas transações, atraindo investidores de diferentes regiões e até do exterior. Aldo Vendramin destaca que essa transformação tecnológica reforça que o campo brasileiro não é apenas produtivo, é inovador e conectado.
Leilões e o papel da cultura na economia equestre
Os leilões de cavalos de elite são o coração pulsante desse mercado, visto que eles movimentam milhões de reais, promovem encontros entre criadores e investidores e dão visibilidade ao trabalho genético desenvolvido no país. Além do aspecto comercial, os leilões também são eventos culturais, que valorizam a história e a identidade rural brasileira, muitos contando com verdadeiras demonstrações esportivas do cavalo e suas qualidades.
Eventos como a Expointer, no Rio Grande do Sul, e feiras regionais em estados como São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso reúnem apaixonados por equinos, impulsionando o turismo, o comércio local e o sentimento de pertencimento, portanto cada leilão é uma celebração do trabalho no campo, é o momento em que a dedicação de anos se transforma em reconhecimento e investimento, informa Aldo Vendramin.
Sustentabilidade e bem-estar como diferenciais do futuro
Com o avanço do mercado, cresce também a responsabilidade dos criadores com o bem-estar animal e a sustentabilidade. O cuidado com alimentação, manejo, espaço e transporte é hoje um dos principais critérios de valorização. Além disso, práticas sustentáveis, como o uso racional de recursos e o controle de resíduos, são diferenciais que fortalecem a imagem do criatório e garantem acesso a novos mercados.
Como considera Aldo Vendramin, o futuro do agronegócio equestre depende do equilíbrio entre rentabilidade e ética, a criação responsável é o selo de confiança de um mercado que quer crescer com credibilidade. O mercado de cavalos de elite é a prova de que o agronegócio brasileiro vai muito além da produção de grãos e carne. Ele representa uma cultura viva, uma economia em expansão e um investimento de alto valor emocional e financeiro.
Com inovação, cuidado e visão de longo prazo, o Brasil se consolida como um dos maiores polos equestres do mundo, transformando tradição em um negócio que galopa rumo ao futuro.
Autor: Turgueniev Rurik

